Uma feliz surpresa ter conhecido as irmãs Wilson (Ann e Nancy Wilson) e sua banda Heart. Diria que são uma versão feminina do Led Zeppelin - sem negligenciar o traço pessoal da banda feminina, é claro. Elas não negam a influência, e nas canções das roqueiras estadunidenses, impossível não encontrar traços dos mestres do rock.
Apesar de terem feito sucesso em fins da década de 70, e na década de 80 e 90 sobretudo com as conhecidíssimas "Alone" e "These Dreams", gosto apenas das suas canções produzidas na década de 70. Há aquelas bandas que nos agradam parcialmente. E a minha exclusividade de gosto pelas músicas compostas na década de 70 é menos motivada por julgamento de critério qualitativo do que por gosto pessoal. Em geral, poucas bandas e músicas dos anos 80 e 90 me agradam. As melodias características dos anos 80 e 90 não me afeiçoam. Com Heart não foi diferente.
É bem fácil notar em algumas canções de Heart de fins de 70, o rock melódico e mais romântico dos anos 80, mas, ainda, sem divórcio absoluto das investidas mais metálicas das guitarras e das vozes mais enérgicas, características dos anos 70. Final de década, momento de transição, natural será a mistura de melodias dos anos 70 com as dos anos 80. A junção de dois estilos distintos de duas épocas também já distintas, levarão apreciadores do rock, de Heart, a caracterizá-la como uma banda de rock melódico. Se essa classificação é pertinente ou não, o que importa é o incontestável fato de duas irmãs, duas mulheres, terem feito bom rock numa época ainda de repressão feminina e em que somente roqueiros homens sobressaiam no palco. Heart impressiona por ser tão femininamente hard rock e heavy metal.
Escolhi para evocarmos a banda, inclusa este ano no Hall of Fame do Rock n' Roll, três canções de fins de 70, que apresento respectivamente: "Crazy on you", "Magic Man" e, não poderia ficar de fora, a performance memorável que fizeram de "Stairway to Heaven", single ícone de Led Zeppelin, apresentada recentemente (2012) no Kennedy Honors para os três membros remanescentes do Led, a saber, Robert Plant, Jimmy Page e John Paul Jones, fazendo-os emocionar.
4 comentários:
Uma boa guitarra é tudo de bom, rock gostoso de ouvir, difícil de ver hoje. Adore tbém.
Mamãe
Ei, mami,
Mas que surpresa você gostar de um roquezinho!
"Heart" é mesmo gostoso de ouvir.
Obrigada pela visita,
Abração.
Oi, Bruna, coincidentemente, hoje, no Sintonia Fina, que apresentei ao vivo, rolei "Never", com o Heart. Curto desde que surgiram.
Abraço.
Ei, Lívio!
Joia saber que seu programa contou com "Heart".
Preciso conseguir ouvir ao vivo o "Sintonia Fina". Até hoje só vejo os anúncios depois que já terminou a emissão.
Abraços.
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