quinta-feira, 4 de outubro de 2012

A história de Sofia e dos animais à estimação

    Pertenço ao conjunto das pessoas que amam os animais. Se sempre fosse possível, dedicaria muitas vezes um tempinho de atenção e afagos para muitos deles. 
    Os animais, para mim, deveriam ser tratados como pessoas; não no sentido de embutir-lhes roupas e acessórios humanos: brinquedos falantes, perfumes e jóias; mas, no sentido de respeitarmos e devotarmos consideração afetiva e humana a eles. 
   Deveria ser anulada a ideia de que há um tratamento menos respeitoso para animais, porque são animais, e mais respeitoso para pessoas, porque são pessoas (e implicitamente, seres superiores). Sim, sem ser perdida a noção da diferença de habitats entre os dois seres, o respeito no tratamento caberia se igualar no modo como é feito para pessoas e animais.
   Todos deveríamos entender que os bichinhos, como nós, também têm necessidade do próprio tempo para fazer as coisas vitais (como comer, dormir, passear), gostam e precisam de carinho e detestam ser maltratados e esquecidos.
    Votando-lhes tal consideração humana, essa que muitas vezes acabamos nos  esquecendo de ofertar aos próprios humanos, os animais passam a ser quase seres humanos, apresentando traços muito próximos dos nossos. 
    Quem tem cachorro e/ou gato, passarinho, vaca, coelhinho ou outro animal qualquer, sabe que de uma hora para outra, depois de tempos de atenção e carinho diários, os bichinhos desenvolvem, ou deixam aflorar, a capacidade de sensibilizar-se com o universo das práticas e emoções humanas, não só notando os nossos diferentes estados de espírito, como a tristeza, a euforia ou alegria, como também passam a serem capazes de sentir saudades, amar e ter outros sentimentos e sensações nossas mais. 
    E muito além de esta capacidade desenvolvida ser um efeito de domesticação e servilismo que o homem impõe ao seu animal de estimação, como para ter apenas um animal que tem compaixão das suas emoções, pode ser o desenvolvimento de uma relação fraterna entre dois seres que dividem o mesmo espaço, dois seres que se alimentam dos mesmos elementos básicos para uma boa convivência: atenção, cuidado, amor e outras gostosuras mais.
    Assitir ao vídeo-propaganda A história de Sofia é lembrar desta relação entre as pessoas e os bichinhos que escolhemos para estimar ou estimação - escolha que deveria se estender para os outros animais que não vivem somente na nossa casa. O vídeo é publicidade da rede de farmácias Panvel e um dos poucos anúncios publicitários que fazem da atividade de divulgação comercial, oportunidade para veiculação e propaganda de valores humanos (e animais; sem distinções, como desejei na fala acima).
   Mais que um apelo à atenção aos animais, que a historinha encenada traz, ela é um convite a lembrar que os nossos animais, os animais em geral, são seres com os quais devemos ter amizade, relação de respeito, pois que, como nos bem ensinou certa vez Albert Schweitzer: "quando o homem aprender a respeitar até o menor ser da criação, seja animal ou vegetal, ninguém precisará ensiná-lo a amar seus semelhantes". 
   Boa sessão!
      


3 comentários:

Bruna Caixeta disse...

Agradeço demais à amiga Danyzita - quem tem também uma cadelinha Sofia -, por ter me apresentado ao vídeo.

Obrigada, Dany! Grande abraço para você, Sofia e Nina.

Mayanna Flor disse...

Realmente, o vídeo é muito lindo. Mostra bem como nós nos sentimos a respeito de animais em geral. Muitos animais valem mais que boa parte da humanidade. Eles deveriam ser mais valorizados, principalmente aqui no Brasil, onde o numero de animais de estimação abandonados é absurdamente alto.
Mas é bom ver que ainda tem gente boa no mundo! Muito legal.
Abraços!

Bruna Caixeta disse...

É, May, bom saber que os bichinhos ainda encontram porto seguro em muitos braços amigos e casas acolhedoras...

Grande abraço.